A neblina Portuguesa- artigo do Courrier Internacional. "Cada cidadão deve tomar de assalto a Bastilha de si mesmo..."
por Rui Cupertino de Miranda a Segunda-feira, 7 de Fevereiro de 2011 às 12:08
Com a devida vénia, transcrevo:
" Portugal democratizou-se depois da revolução de 1974. Quando o País aderiu à actual UE, em 1986, os portugueses convenceram-se de que o sistema democrático ia ser uma aristocracia para toda a gente. Soa bem, não é ? Todos ricos, todos muito importantes...Foi assim que se deu o regresso inconsciente a uma mentalidade senhorial de outros tempos. Entramos no séc. xxl a pensar como se pensava no séc. xvll.
O cidadão relaciona-se com o Estado, acumulando benefícios, subsídios, privilégios, - exactamente como fazia a velha Nobreza que enriquecia com as mercês dos reis absolutos. Por outro lado cada pessoa faz, na sua vida pessoal, mais ou menos aquilo que lhe apetece, um pouco à maneira do que faziam os fidalgos de outrora.
Gastamos porque sim, porque somos grandes...
Grandes mas sem ideias...
...enquanto viviamos convencidos da nossa superioridade, surgiu uma oligarquia mundial, constituida por chineses, emires, latino-americanos...que nos encostaram às cordas, emprestando-nos dinheiro, exactamente como , em finais do séc. xvll, a burguesia tinha encurralado a aristocracia e lhe emprestava fundos, para acabar de vez com ela..
Vãos , fúteis e decadentes...
Portanto , retrocedemos muito nas últimas décadas.
E a única solução consiste em cada cidadão tomar de assalto a Bastilha de si mesmo e transformar-se noutra coisa.
Voltarmos a ser clara e humildemente pessoas - é essa a saída a longo prazo."
Gabriel Magalhães
" Portugal democratizou-se depois da revolução de 1974. Quando o País aderiu à actual UE, em 1986, os portugueses convenceram-se de que o sistema democrático ia ser uma aristocracia para toda a gente. Soa bem, não é ? Todos ricos, todos muito importantes...Foi assim que se deu o regresso inconsciente a uma mentalidade senhorial de outros tempos. Entramos no séc. xxl a pensar como se pensava no séc. xvll.
O cidadão relaciona-se com o Estado, acumulando benefícios, subsídios, privilégios, - exactamente como fazia a velha Nobreza que enriquecia com as mercês dos reis absolutos. Por outro lado cada pessoa faz, na sua vida pessoal, mais ou menos aquilo que lhe apetece, um pouco à maneira do que faziam os fidalgos de outrora.
Gastamos porque sim, porque somos grandes...
Grandes mas sem ideias...
...enquanto viviamos convencidos da nossa superioridade, surgiu uma oligarquia mundial, constituida por chineses, emires, latino-americanos...que nos encostaram às cordas, emprestando-nos dinheiro, exactamente como , em finais do séc. xvll, a burguesia tinha encurralado a aristocracia e lhe emprestava fundos, para acabar de vez com ela..
Vãos , fúteis e decadentes...
Portanto , retrocedemos muito nas últimas décadas.
E a única solução consiste em cada cidadão tomar de assalto a Bastilha de si mesmo e transformar-se noutra coisa.
Voltarmos a ser clara e humildemente pessoas - é essa a saída a longo prazo."
Gabriel Magalhães
Como é evidente, demos um passo maior que a perna, gastámos mais do que produzimos, e estamos em aflição.
ResponderExcluirSe não se produzir mais e gastar menos, não vamos lá.
Pelo que todos, seja qual for a nossa idade, temos que fazer mais parte da solução e menos do problema, e já não vai ser o Estado que tudo nos vai "fazer" , temos que ter ideias....e depressa!
E não só entrar pelo negativismo, mas apostando mais no positivismo.